Anunciação

 

Para quem não sabia nadar, mergulhei de vez na crônica e não pretendo mais sair. Gênero tão Brasil no jeito, que entrou na minha vida de repente e fez morada no meu coração. Com toque de pintura, vejo cores em cada parágrafo, texturas em cada rima. 

​Quando abracei essa nova jornada, senti que não éramos apenas revista e eu, escrevo imersa na relação pessoal entre leitor e cronista. Alguns mares são mais difíceis, manhãs de ventania, mas a vida, em seus métodos, diz para ter calma. O cheiro da revista me embriaga de empolgação pelo que há de vir, tenho consciência do compromisso com o veículo e sinto cheiro de bela história, dessas antigas, sem ruptura.

​Acordar com meus textos é levantar com o pé direito da cama, não me ler seria pura bobagem, diferente de outros jornalistas que olham nos olhos e dizem pouco. Não oculto minha personalidade por trás da redação, nem me coloco como personagem principal de um texto que é para o coletivo.

​Sinto em mim tantos motivos para escrever, com imensidão de novos temas para este caderno da revista, que a verdade é esta: o tempo parece curto até a crônica da próxima edição.

 

Anna Brussi, 19
Jornalismo
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